O marketing experiencial é o enfoque dado as estratégicas de marketing que visam criar experiências únicas e memoráveis para os consumidores e tem como parte integrante o design experiencial de loja. Esse design de loja abrange todos os possíveis pontos de contato que um shopper tem com a empresa, como a propaganda, eventos especiais, embalagens, serviços de atendimento, o site, o serviço propriamente dito e, obviamente, o ponto de venda.
+
O design de loja, também chamado de store design, desempenha um papel fundamental e insubstituível na criação da experiência memorável devido a proximidade do shopper com o espaço físico da loja, haja vista que fatores ambientais como a música, cores, aromas e o próprio contato direto com os produtos, influenciam diretamente seu comportamento, interferindo no humor e nas suas emoções. +
O neuromarketing já nos aponta que esses referenciais – e outros que causem impacto positivo através do universo cultural do público-alvo – são capazes de produzir no indivíduo determinados neurotransmissores e hormônios (endorfina, dopamina, serotonina) que irão gerar emoções, depois sentimentos e provocar comportamentos.
+
O design experiencial de uma loja usa uma variedade de estímulos emocionais e cognitivos para criar uma experiência de compra única a cada consumidor.
+
Os consumidores contemporâneos querem se divertir enquanto compram, é o que chamamos de compra hedonista, por isso quanto mais pudermos atendê-los nos seus interesses e expectativas, maior será a quantidade comprada, bem como o tempo gasto dentro na loja.
+
Podemos pensar em seis motivos para essa compra hedonista: consumidores de aventura, consumidores sociais, consumidores de satisfação, consumidores de ideia, consumidores que representam papéis e consumidores de valor.
+
Consumidores de aventura – buscam experiências divertidas e dependem menos do ambiente da loja e mais das pessoas, como o pessoal de vendas ou artistas profissionais. Alguns exemplos de cenários festivos que podem ocorrer dentro das lojas: desfiles, presença de celebridades, espetáculos ao vivo com mágicos, cartomantes ou caricaturistas e apresentação de música ao vivo. +
+ +
Consumidores sociais – consideram que o ato da compra é uma ocasião para interação social. Gostam de comprar junto com membros da família ou amigos e, além disso, de conversar com o pessoal de vendas e outros consumidores. Os varejistas podem criar os “terceiros lugares”, que são locais de encontro informais, tranquilos e discretos, onde as pessoas podem se reunir e descansar, como livings, playground e cafeterias. ++
Consumidores de satisfação – percebem a situação de compra como uma gratificação especial para si mesmos. Muitas vezes a compra serve para aliviar o estresse depois de um dia difícil. Por isso criar oportunidades para relaxamento, mimos e gratificação instantânea (compras por impulso) é a chave para conquistar esses consumidores. O design dessas lojas deve incluir espaços para relaxamento, mimos como massagens, maquiagens e consultorias; e o uso do princípio da escassez para aumentar a exclusividade da mercadoria. Elimine barreiras de gratificação instantânea, como produtos trancados ou serviço de balcão. +
++
+
Consumidores de ideia – usam as ocasiões de compra para aprender sobre novos produtos, serviços, moda ou tendências tecnológicas. Por isso precisam da disponibilização ampla de informações sobre o produto, o que realça o prazer desses consumidores na hora da compra. +
+
Consumidores que representam papéis – gostam do ato de comprar presentes para as pessoas que amam, por isso cartazes sazonais podem lembrá-lo sutilmente de suas obrigações sociais em ocasiões especiais. Assim, serviços como o pacote/embalagem para presentes pode tornar a compra ainda mais conveniente e agradável. +
+ Consumidores de valor – são caçadores de barganha. Não estão apenas atrás de preço baixo, eles querem a emoção da caça às barganhas e o sentido de conquista pessoal que ganham com ela. Como agarrar esses consumidores? Áreas específicas de uma loja podem ser dedicadas a eles; display de barganhas com pilhas de mercadorias para escolher à vontade oferecem desafio aos caçadores; ambientes de compras parecidos com bazares; e esquemas de cores na identificação dos preços. +
Edu Vilas Bôas coordena o MMdaMODA. É Mestre em Têxtil & Moda pela EACH/USP, pós-graduado em Gerenciamento de Marketing, pós-graduado em Comunicação & Semiótica, MBA em Neuromarkting, MBA em Design Thinking, pós-graduado em Fashion Business e bacharel em Moda. Tem experiência com marketing, visual merchandising e produção de moda, além de gerenciamento de confecção. Presta consultorias, treinamentos e realizada pesquisas através do MMdaMODA desde 2010. É também docente para o Senac São Paulo e orientador de TCC para os MBAs de Marketing e Varejo da USP/Esalq.
CURSO LIVRE (a distância) EM VISUAL MERCHANDISING DE MODA
O curso online de Visual Merchandising de Moda do MMdaMODA abrange conceitos teóricos e práticas de mercado e está pautado em fotos, vídeos, cases de sucesso e materiais complementares, como artigos e reportagens.