Percepção visual: o movimento no visual merchandising

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Recentemente falei aqui sobre o contraste no processo de percepção visual. Ele é um dos quatro artifícios de comunicação visual que podem prender a atenção dos indivíduos no ponto de venda, junto com a intensidade, o movimento e a incongruência.
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Sabemos hoje que um indivíduo nota, em média, apenas 10% do que há numa loja, isto é, o risco do consumidor não reconhecer o que procura é muito alto. Para tanto, há formas de tentarmos acionar sua atenção seletiva, ou seja, fazer com que note justamente os 10% que julgamos ser o que está buscando, potencializando, assim, as vendas.
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Hoje vou abordar o artifício do movimento. E não é difícil entendemos porque algo em atividade prende a atenção do consumidor. Nossos antepassados, especialmente o  Homem de Neandertal, sofriam enormes riscos do meio ríspido no qual viviam. Para sobreviver, defendendo-se e caçando, desenvolveram um sistema de alerta que nos avisa quando há algo potencialmente perigoso dentro do campo da visão.
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Assim, a amigdala cerebral é acionada, sendo fundamental para a autopreservação do indivíduo, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar, ou seja, aquilo que se move inconscientemente representa perigo e, por isso, vai prender a atenção do consumidor.
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Na realidade não é novidade para o varejo que “aquilo que se move” chama a atenção. As famosas vitrinas de Gordon Selfridge, na Selfridge´s em Londres, desde 1909 já utilizam o recurso da vitrina viva – hoje em desuso no varejo como um todo.
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Vitrine Viva da Selfridge´s em Londres
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No lugar entraram os artifícios cenográficos que induzem a sensação de movimento, isto é, se o varejista não pode arcar com os custos da automatização de um movimento, como neve caindo numa vitrina, alternância de cores ou o vento soprando os cabelos dos manequins, pode então optar por elementos que naturalmente remetam ao movimento, ainda que estejam estáticos, como pássaros pendurados, balões, nuvens, insetos etc. Veja nas imagens abaixo alguns exemplos e se inspire.
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Mas a nova fronteira para o movimento no visual merchandising está no uso dos recursos tecnológicos, como projeções, interatividade e telas de alta definição. E a Selfridge´s, mais uma vez, inova nesse aspecto, dessa vez em parceria com a marca Nike. Veja o resultado.
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