O FUTURO DO VAREJO PARA O WGSN EM 3 TENDÊNCIAS

Futuro Varejo WGSN

“O futuro do varejo é o futuro da interação humana. O varejo está evoluindo para atender à necessidade humana, pergunte: como a necessidade humana está evoluindo?”, afirma  Matt Judge, designer de experiência do estúdio Eight Inc., ao refletir sobre o futuro do varejo.

É a partir dessa ótica que os estudos de tendências conduzidos pela WGSN [líder mundial em pesquisa de tendências] conseguem projetar os pontos críticos de adequação do varejo. Luiz Arruda, Head of WGSN Mindset Latin America, apresentou durante o Retail Meeting Moda [organizado pela ACIC Campinas em outubro de 2018 e que o MMdaMODA esteve conferindo] os resultados dos painéis de tendências da empresa.

Na análise comportamental (macrotendências), as quais são o pano de fundo para o desdobramento das tendências dirigidas (microtendências), Arruda indicou três frentes que se interconectam e sinalizam um pouco sobre esses novos rumos da evolução das necessidades humanas que afetarão o varejo. Vejamos.

Valores mais reais. As empresas devem colocar os consumidores no centro das suas estratégicas, através de um olhar mais horizontal e transparente. As marcas precisam ser mais humanas, próximas e reais, por isso, devem sim se posicionar quanto as questões políticas, econômicas, ideológicas, sociais. As pessoas não querem marcas assépticas, ao contrário, para envolver-se em relações profundas e duradouras querem conhecer a real personalidade do que consomem/compram.

De volta às origens. O varejo passou por longos anos buscando a eficiência operacional e a digitalização dos negócios (modelos de gestão como o Fast Fashion provam que as estruturas foram realmente alteradas), mas agora os varejistas estão reaprendendo a (re)conhecer as necessidades humanas.

Re-humanizando o varejo. Métricas para o varejo não podem ser mais aquelas que correlacionam vendas e margem por metro quadrado. Vivemos uma era muito mais qualitativa do que quantitativa, por isso, para medir o sucesso de um negócio é preciso compreender o grau de satisfação e envolvimento do consumidor.

A partir desses dados comportamentais, a equipe de pesquisa de tendências do WGSN pode sinalizar ao menos três principais tendências para o futuro do varejo.

Tendência #1 Novas relações com os produtos: existe um interesse real da Geração Z em preservar os recursos naturais e isso está levando a mudanças de consumo, por exemplo, mudando a ideia de posse para a ideia de uso, ou seja, eu não preciso ter algo para usar pouco, posso alugar ou emprestar, como já fazemos com os transportes por aplicativo ou as locações de roupas. A Holystic é um exemplo de empresa que atua com cuidados de conservação do tênis, como lavagem, desodorização e consertos [conceito-chave: economia circular].

Tendência #2 Vendendo com propósito: 65% dos consumidor, segundo Edelman, tentam apoias marcas com propósitos claros e 57% tendem a gostar mais de uma marca por causa do seu posicionamento social ou político. Dessa forma, marcas têm se posicionado mais e investido em estratégias que tornaram claro as suas ideologias. Um exemplo citado por Arruda é o plugin gratuito para navegadores DoneGood, que sinaliza para o internauta centenas de marcas social e ambientalmente responsáveis ​​que você pode querer apoiar ou dar preferência na hora do consumo.

Tendência #3 Um mundo disponível para compra: novas formas de comprar surgem com novos pensamentos, por isso, há o fortalecimento do varejo residencial [lojas com “cara de casa”] e do comércio visual [tudo que vejo e quero pode ser comprado, até a decoração]. Esse é o exemplo do Airbnb showroom boutique, proposto em Melbourne/EUA, que além de hospedar pessoas, permite que os usuários comprem qualquer item do apartamento. Conceito-chave: varejo híbridos onde os visitantes sentem-se incentivados a ficar, morar, trabalhar e comprar.

Apesar de estamos falando em futuro, ele já deve ser pensado hoje. Considerando a sua escala e poder econômico, considere essas variáveis todas para o seu planejamento estratégico de 2019. Sempre há uma oportunidade de inovação para você testar/prototipar no seu negócio.

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