Visual Merchandiser, Arquiteto ou Designer de Interiores: quem contratar?

Visual Merchandising arquiteto designer de interiores

Existe muita confusão no varejo sobre os limites de atuação e relações desses profissionais, seja para quem quer trabalhar na área ou até mesmo para quem deseja contratar algum serviço. Por isso, pretendo nesse modesto post esclarecer alguns pontos.

Partiremos do conceito de que visual merchandising (VM) não é uma formação, ou seja, no Brasil – e em raros países – você terá um diploma de visual merchandiser. Por isso, ainda entendo o VM como um campo de atuação, no qual profissionais de diversas formações podem – e devem – atuar.

Exemplo disso é o que vemos nos cursos de Arquitetura e Design de Interiores, nos quais há uma competência a ser desenvolvida (disciplina ou módulo) chamada Projeto Comercial ou Arquitetura Comercial, nas quais o VM é um tema abordado. Essa prática, no entanto, não é exclusiva desses dois cursos, outras áreas também têm abraçado os conceitos de visual merchandising na sua grade de formação, como é o caso da Moda, da Publicidade e Propaganda, da Gestão Comercial e até de alguns cursos de Administração e Logística.

Por isso tudo, a formação do profissional é o que determinará o seu limite de atuação. Um Arquiteto, por exemplo, poderá ir além do projeto estético de uma loja, propondo reformas estruturais (como troca de portas, pisos e janelas), ampliações ou reduções de espaços, desenvolver o projeto luminotécnico (que envolve parte elétrica) ou mesmo a implantação do sistema de ar condicionado.

Já um Designer de Interiores pode conceber um projeto de loja tão bom quanto o Arquiteto, porém há limites de atuação, que o restringem na emissão do RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU), ou seja, reformas estruturais precisarão ser autorizadas por um Arquiteto (até 3 pavimentos) ou Engenheiro Civil (acima de 3 pavimentos).

Já um VM que tenha por formação a Moda poderá conceber projetos estéticos de lojas que não envolvam reformas estruturais, mas deve ter competência para dialogar e sugerir intervenções a serem avaliadas por um Arquiteto. Porém, sua visão para exposição e coordenação de produtos, conhecimento sobre tendências, softwares de criação, campanhas de marketing e comportamento do shopper são muito mais aprofundados.

Um VM que tenha por formação a Administração ou o Marketing poderá criar ações indoor mais assertivas, explorando a experiência com a marca, ações integradas às campanhas e até mesmo decisões de layout relacionadas  a venda por metro quadrado, margem bruta e lucratividade de uma categoria do mix de produtos.

O profissional de VM é também um operacional da loja, deve, por isso, ter a capacidade e autonomia para resolver problemas diários relacionados à apresentação da oferta, já o Arquiteto e o Designer de Interiores são profissionais que podem ser contratados eventualmente para reformas e construções. Um não exime a relevância do outro!

Enfim, vários profissionais têm atuado com as diversas facetas do visual merchandising, mas suas capacidades estão limitadas a sua formação. Por isso, tenha em mente quais são as suas reais necessidades de adequação para daí procurar o profissional mais adequado.

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