Nem só de sol vive o beachwear

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O primeiro biquíni foi apresentado ao público em 1946. Foi criado pelo então desconhecido estilista francês Louis Réarde. A ousadia era tanta para época que nenhuma modelo quis vestir a novidade, sobrou para a audaciosa – por profissão – stripper Micheline Bernardini desfilar a nova invenção (foto abaixo). 

Graças a evolução tecnológica e cultural, podemos nos ver livres dessa tanga medonha (!). Aliás, nos dias atuais há mais inovações de materiais que de modelagens. Embora alguns modelos sejam capazes de levantar os seios e o bumbum, ainda são os tecidos tecnológicos que ganham a cena: secam rapidamente, impedem a proliferação de bactérias e protegem contra os raios ultra-violetas. 
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Mas foi apenas com top Gisele Bündchen, em 2000, que jornalistas internacionais elevaram os biquínis brasileiros à categoria de “moda” praia. A imagem nacional no setor beachwear é muito favorável, uma vez que:
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  • O país possui uma identidade fortemente associada à praia, à beleza e à sensualidade;
  • O biquíni brasileiro é tido como referência em moda praia, sobretudo em locais com cultura praiana;
  • Temos criatividade e talentos e uma demanda crescente por biquínis;
  • Levou o Brasil ao almejado mundo dos “country-label”;
Country-label??? Seria, numa tradução livre, algo como “país referência” ou “país-marca”, isto é, assim como Cuba está para os charutos, a Rússia para a vodca, a Escócia para o uísque e a França para os perfumes e champanhas, o Brasil é hoje referência mundial em biquínis. 
O evento Claro Rio Summer, desde agosto de 2009 sob o comando de Paulo Borges, também organizador da SPFW e Fashion Rio, mostra que o país está se profissionalizando neste setor e disposto a defender o almejado título mundo a fora. Mas, nem só de mercado interno vive uma confecção!
A exportação é hoje uma das melhores opções para quem quer produzir, faturar e sair da acirrada disputa no eixo Rio-São Paulo. Mas, antes de pegar sua produção é despachar via FedEx para algum lugar na Conchinchina, é melhor estudar MUUUUUITO bem o seu mercado-alvo. 
Por exemplo, os EUA são o país que mais importam biquínis do Brasil. Para tanto, é importante saber as preferências e o perfil do consumidor estadunidense. 

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  • Enquanto a brasileira adquire várias peças e as troca a cada nova estação, as americanas permanecem com poucas peças por um período de até três anos (a exceção das altas classes);

  • O mercado consumidor de moda praia é altamente segmentado, quer seja por preço, geografia, demografia, estilo de vida, etc;

  • Embora as americanas sejam as estrangeiras que melhor aceitam o produto brasileiro, elas ainda preferem biquínis de modelagem maior;

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    m relação a preço:

    1. Optam por biquínis baratos (até US$50) e estão preocupadas exclusivamente com o preço, cientes de que o produto pode ser de qualidade inferior;

    2. Optam por pagar um preço intermediário (entre US$ 50 e US$80) e tomam a decisão baseadas no design e no caimento do produto;

    3. Optam pela marca (acima dos US$ 80), em geral, têm algumas marcas de sua preferência e acreditam que estarão levando um produto de qualidade.

Estas e outras informações podem ser encontradas no relatório de “INSERÇÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO MERCADO INTERNACIONAL: 

ANÁLISE DA INDÚSTRIA DE 

MODA PRAIA”, desenvolvido pela 

Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional. Instituições como o SEBRAE, ABIT, APEX-Brasil

ADECEX, Aprendendo a Exportar, Portal do Exportador, são fontes infindáveis de conhecimento.

Bons negócios!

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1 COMENTÁRIO

  1. Aqui no Japão já vi Água de Coco e Rosa Chá. As japonesas que compram essas marcas o fazem pelo design e qualidade da peça. Um biquini dessa ultima marca custa aqui 30 mil ienes, em média. Isso equivale a 600 reais aproximadamente…
    E elas compram.

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