A importância da decoração no visual merchandising

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A decoração de uma loja é um elemento de vital importância e facilitação do processo de compra, já que vai influenciar diretamente o estado de espírito (confortável/desconfortável) do shopper e do vendedor no momento da compra.
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Lovelock e Wright (2006, p. 241) afirmam que o cenário de serviços “descreve o estilo e a aparência das condições físicas em que clientes e fornecedores de serviço interagem”. Grace e O’Cass (2004, p.452) complementam afirmando que o cenário de serviço “não apenas promove valores tangíveis com relação ao que é oferecido, mas também se configura como uma importante dimensão da experiência do serviço, através de seu impacto nos consumidores durante o processo de consumo”.
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cenarios+serviços+loja+moda+merchandising.jpg (1072×689)Novo conceito das lojas Tritton – Expositores de MDF laqueados na cor preta formam nichos com iluminação de led para dar destaque aos produtos.
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Esses cenários de serviços apresentam quatro diferentes papéis:
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1. Papel de “embalagem”, quando auxilia na construção da imagem da empresa.
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2. Papel de fornecer orientação aos clientes, com placas e sinalizações, por exemplo, assumindo neste caso o papel de “facilitador”.
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3. Papel de criar ambientes de interação entre funcionários, clientes e ambos, o que caracteriza o papel do ambiente como “socializador”.
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4. Papel de diferencial competitivo frente ao mercado.
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O efeito da decoração nesses cenários pode ser obtido através da conjugação de múltiplos elementos, como:
– cores
– iluminação
– materiais de revestimento de paredes, teto e chão
– mobiliário e a sua própria conjugação com os produtos exposto
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Cada um dos elementos citados deve ser integrado num determinado contexto. Assim, por exemplo, uma luminosidade reduzida pode ter significado de ambiente reservado, intimista, discreto e sofistica para uma loja de luxo, ou de velho, conservador e ultrapassado para uma loja popular. Por isso, a venda de produtos de luxo exige uma decoração que transmita confiança e credibilidade, já produtos da moda ou sazonais precisam de ambientes dinâmicos e acessíveis.
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A decoração é um elemento essencial de reconhecimento e posicionamento das cadeias de lojas e deve evoluir de acordo com as grandes tendências da moda, que influenciam nas cores, padrões de desenhos e os próprios materiais.
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Considerando os custos decorrentes das alterações de uma decoração, esta situação traduz, na realidade, um grande investimento e preocupação. Mas, não significa apenas adequação a evoluções estéticas. Os projetos de comunicação integrada implicam numa mesma linguagem de comunicação visual, atendimento, ações comerciais, oferecimento de produtos e decoração das lojas.
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“Falar uma mesma língua” em todos os departamentos de uma rede é fundamental no processo de posicionamento e leitura da imagem da marca.

A marca Banana Republic foi completamente repensada pelo grupo GAP, a quem a marca pertence: o conceito inicial era quase exclusivamente centrado no universo do safári, com battle dresses e jaquetas “saarianas” relativamente simples, vendidos em um ambiente narrativo levado ao extremo, com palmeiras, madeira bruta, ventiladores e ratar evocando uma cabana de caçador africano em plena Madison Avenue.
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Em 1987, passado o entusiasmo pelo safári, o desgaste da imagem de lojas-conceito e a consequente
diminuição do público, a marca focou-se em público mais amplo, formado de uma clientela urbana que trabalha e busca roupas de qualidade, e que se inscreve no quadro de um universo profissional codificado ao extremo. As roupas de selva deram lugar ao workwear constituído de twinsets, camisas e terninhos.
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O conceito da loja foi totalmente repensado em torno de uma atmosfera minimalista chique e urbana,
de espírito bem business, muito estruturado (grandes volumes, tetos altos, escadas grandes), e que anunciava o espírito decorativo dominante na década de 1990.
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Referências Bibliográficas
GRACE, Debra; O’CASS, Aron. Examining service experience and post-consumption evaluations. Journal of Service Marketing. Vol 18, N° 6, p.450-461, 2004.
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LOVELOCK, C.; WRIGHT, L. Serviços: marketing e gestão. 6ª tiragem. São Paulo: Saraiva, 2006.
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